Bhagavan Sri Ramana Maharshi
"Let what go goes. Let what come come. Find out what remains."
"Deixe ir o que deve ir. Deixe vir aquilo que deve vir. E apenas observe aquilo que permanece."
(tradução livre)
Venkataraman (nome dado a Ramana por seus pais) nasceu em Tiruchuzi, pequena aldeia no Sul da Índia, em 30 de dezembro de 1879. Sua infância foi, em grande parte igual a de todos os outros meninos, com exceção de seu sono que era extremamente profundo. Entretanto, duas experiências ocorridas em sua adolescência o direcionaram ao despertar pleno da Consciência.
Aos 16 anos, sua percepção foi instigada quando encontrou um tio que acabara de voltar de uma peregrinação. Curioso com a viagem, descobriu que o tio regressava de Arunachala, montanha sagrada ao sul da Índia. A simples menção ao nome da montanha despertou no jovem profundo interesse.
Sua segunda grande experiência ocorreu poucos meses depois, transformando-o definitivamente. Certa tarde, sozinho em casa, Venkataraman sentiu que iria morrer, e ao invés de assustar-se resolveu simular a própria morte. Deitou-se com os membros distendidos, com seu corpo inerte, paralisou a respiração e manteve a mente em completa introspecção. Sentiu toda a força da Vida e concluiu: ‘O corpo morre, mas o espírito que transcende não pode ser tocado pela morte... Isso significa que Sou o Espírito imortal.’
Deste dia em diante, sua consciência do Ser foi plena e perene. Dias depois, deixou a casa de seus tios e partiu em direção ao Monte Arunachala, onde permaneceu o resto de sua vida. Durante os anos seguintes, Sri Ramana (nome que recebeu de um devoto e pelo qual passou a ser conhecido) foi a integral personificação da paz, compaixão e Autoconsciência. Orientava seus devotos para a investigação do Ser a partir da pergunta “Quem sou eu?”, a Atma Vichara.
Considerado um dos grandes Rshis do mundo, sua santidade e sabedoria transcendem as barreiras do sectarismo religioso, pois Bhagavan concedia instrução espiritual – upadesa -, independente de classe social ou crença dos devotos, podendo estes serem cristãos, judeus, mulçumanos, budistas, hinduístas ou até mesmo ateus.
No dia 14 de abril de 1950, Sri Bhagavan se desligou apenas do corpo físico, mas sua imorredoura presença é constante na vida de todos.